sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O amor é cego - literalmente -Cérebro dos apaixonados tem mecanismo para evitar o adultério

por Camilla Costa

Quem está apaixonado fica em estado de graça: meio aéreo, sem prestar muita atenção no que está se passando a sua volta. Isso todo mundo já sabe. Mas cientistas da Universidade da Flórida acabam de descobrir que a coisa pode ir muito além: o amor torna o cérebro humano literalmente incapaz de prestar atenção em rostos muito bonitos. Os pesquisadores fizeram um estudo para medir a atenção de 113 homens e mulheres, que foram expostos a fotos de pessoas lindas (e outras não tão bonitas). Metade dos voluntários teve de escrever, antes da experiência, um pequeno texto falando sobre o amor que tinha por seu parceiro. A outra metade fez uma redação genérica, sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas - com os olhos dos voluntários monitorados por um computador. Quem tinha escrito (e pensado) em amor passou a ignorar as imagens de pessoas bonitas - seus olhos simplesmente não se fixavam sobre as fotos. E essa rejeição só acontecia com as fotos de gente linda; com as imagens de pessoas comuns, não havia diferença.

Segundo os cientistas, isso acontece porque, quando as pessoas pensam em amor, seu neocórtex passa a repelir pessoas muito atraentes - que são tentadoras e têm mais chances de levar alguém a praticar adultério. O mais impressionante é que, entre os homens, esse mecanismo antitraição é 4 vezes mais forte do que nas mulheres.

Os cientistas especulam que ele teria se desenvolvido, ao longo da evolução, para ajudar os machos a se manterem monogâmicos. "Há muitos benefícios evolutivos em uma relação monogâmica, e o organismo leva isso em conta", diz o psicólogo Jon Maner.

Homens preferem mulheres inteligentes



Fim da linha para as periguetes de cabeça vazia. Uma nova pesquisa da Universidade York, no Canadá, descobriu algumas mudanças nas preferências masculinas: eles preferem inteligência à beleza e não se importam tanto com os dons gastronômicos das amantes.
A pesquisa envolveu 12 mil pessoas (homens e mulheres) de 30 países diferentes, que classificaram os atributos mais importantes na hora de escolher um parceiro. E o resultado mostrou que os homens modernos se interessam cada vez menos pela aparência física – inteligência é mais importante.Outras qualidades tradicionais, como cozinhar bem, também caíram no ranking de atratividade.
Mas, entre a mulherada, a preocupação com a beleza do parceiro aumentou. “Nosso estudo sugere que a maior igualdade entre os gêneros pode mudar a forma como pensamos no sexo oposto”, diz Marcel Zentner, psicólogo e líder da pesquisa. “Os homens não precisam se preocupar tanto em ganhar recursos para sustentar a casa, e ganham mais espaço para cuidar da beleza”.
O estudo vai contra uma das teorias mais populares, que diz que a atração tem a ver com nossos instintos primitivos: homens associam beleza e juventude à fertilidade e mulheres procuram por parceiros com mais recursos, que vão cuidar melhor dos filhos. (São outros tempos, né galere?)
Enfim, não sei se na prática as coisas realmente mudaram.

Carol Castro